quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Feidarash, etnia dos elfos negros

Nem todos os elfos necessariamente vivem isolados do mundo no topo de árvores gigantes e florestas místicas. Alguns acreditam que depois de passarem tanto tempo aprisionados pelas fadas é necessário aproveitar a liberdade no seu máximo, tanto espiritual quanto fisicamente. Feidarashes, os elfos negros de Ghara, habitam diversos lugares, mesmo urbanos, e mostram-se mais ecléticos em relação aos outros povos. Isso não impede que sejam vistos sob a ótica de supersticiosos como indícios de problemas.


Na época de acasalamento dos pirilampos, os quartos lotam, e é difícil pernoitar quando a cidade inteira 
brilha como se o sol e as estrelas se amassem. Há tantas surpresas que algumas são realmente inesperadas.
- Dona Vernalagnia Alusif, Madame-mor da Guilde des Affections Fuyantes, a guilda de cortesãs e burlesco da cidade portuária de Viellvier (a mais antiga das cidades mangue-gigante imperiais); a pessoa mais famosa em toda a etnia élfica feidarash; casamenteira; sacerdotisa de Melúcia; costureira; cortesã; mestra de dança e luta com chakrams.


Frívolos e Atrevidos 

 

     Fisicamente, os elfos negros são quase idênticos aos seus primos mais comuns, os feidralin. Mas a sua pele é de um tom negro como ébano, podendo chegar até uma variação sombria de cinza. Seus cabelos quase sempre são brancos, contudo muitos feidarashes desenvolvem técnicas e métodos para tingir os fios de uma forma que lhes agrade (ou choque outras pessoas, principalmente seus primos feidralin). Outra diferença básica de um elfo negro para um elfo está no seu comportamento. Em geral, os feidarashes não valorizam tanto as tradições que os feidralin costumam fazer todas as questões de respeitar. O seus espíritos livres acreditam que esse tipo de conduta apenas limita a grande bênção da liberdade que receberam no passado. Esse pensamento se estende também a leis e, em alguns casos, até mesmo regras, valores e tabus sociais. Esse "espírito livre" que os torna pouco suscetíveis a regras, aliado a maldição trazida pela etnia acabou trazendo infâmia, para alguns merecida, sobre os elfos negros como a de atraidores de problemas e azar, principalmente para a maioria da população.

A Maldição das Fadas

 

     Assim como a origem do Êxodo Élfico, o momento em que os elfos tornaram-se livres de seus senhores feéricos, a origem dos feidarashes se mistura em uma sucessão de eventos em que a verdade acaba adquirindo muitas formas, mesmo entre a própria raça.

     Um dos relatos mais comuns é o de que, durante a grande rebelião da raça élfica, apenas uma parcela específica de elfos resolveu lutar contra a tirania feérica. Estes antigos elfos teriam sido os responsáveis por arquitetar sua fuga e até mesmo o desenvolvimento da escrita, a arma que foi usada para que pudessem ser detentores de seu próprio destino. Enquanto a maioria do povo fugia para a segurança, estes primeiros rebeldes foram prontamente amaldiçoados. Primeiramente tiveram a cor de sua pele marcada, assim sempre se lembrariam de seu "erro" -- alguns feidarashes alegam que a cor negra foi pensada através de um sombrio humor dos mestre feéricos, pois era a mesma cor da tinta que usaram nas primeiras frases desenvolvidas em pergaminhos -- e também um toque maldito, que traria desgraçada a qualquer um que decidisse tocar, afastando, assim, potenciais aliados. Com o passar das eras, os elfos negros aprenderiam a se adaptar a sua nova forma. Aceitaram a forma como foram marcados e alegam que aquela seria uma forma de lembrarem com orgulho de seus feitos. A seguir, aprenderam a dominar a maldição de seu toque, o suficiente para que pudessem controlar quando utilizá-la. Mais do que as suas cores e a maldição das fadas, alguns feidarashes atribuem a sua sede de novas experiências e curiosidade às fadas, alegando que esta teria sido a verdadeira maldição. O assunto, como é de se esperar, tem controvérsias, e os elfos negros não parecem muito motivados a buscar a verdade. Isto sem considerar que assumir formas mortais lhes foi como despertar de um sonho profundo, nebuloso e difícil de lembrar em detalhes. O que passou, passou como muitos diriam.

Locais de Importância:

 

  • Viellvier - Talvez a cidade portuária mais antiga do mundo, criada em um estuário onde os feidarash teriam desembarcado após escapar de Numéria. Atualmente um baronato onde o império produz os seus melhores navios. As inúmeras docas e estaleiros são as raízes aéreas de um mangue gigante que suga água salgada, secretando água potável e sal refinado para os seus habitantes. Pessoas e mercadorias do mundo inteiro passam por aqui todos os dias. Cerca de metade da população são feidarashes. Muitos são cortesãs e cortesãos, uma profissão exercida por um décimo dos cem mil habitantes. Ao invés de velas e tochas, a cidade inteira é iluminada por pirilampos gigantes domesticados, tanto larvas suspensas do mangue por fios de seda quanto insetos adultos. O barão pouco governa aqui: o poder está nas guildas associadas à produção de navios e donos de frotas mercantis.
  • Ardenellíe - A capital do ducado de Sycamore é um bosque de figueiras gigantes entrelaçadas nas planícies centrais de Feídr. As árvores élficas são altas como catedrais e largas como cidades. Muitas raízes saindo dos galhos formam troncos secundários e ainda assim enormes. E os galhos de uma avançam na copa da outra. Alguns dos mais de cem mil habitantes são tão dedicados às árvores que se desacostumam a pisar no chão. A maioria das casas estão penduradas à treliça de galhos, cipós e cordas de seda. Ardenellíe é o maior centro de produção agrícola em toda Feídr e fonte de quase toda a seiva-vidro no império. Um conselho de anciões e chefes de guildas administra a cidade. A maioria da população é feidralin, mas um entre cinco habitantes são feidarashes.

Traços dos Feidarashis


  • Os elfos negros de Ghara são diferentes dos elfos negros de D&D e constituem uma raça única.
  • Aumento de Atributo. O seu valor de Carisma aumenta em 1.
  • Idade. Elfos negros amadurecem na mesma proporção que humanos, e atingem a maturidade por volta dos 20 anos. Como os feidralin, possuem uma longevidade extraordinária, podendo chegar até os 700 anos de idade ou mais.
  • Tendência. Os feidarashes consideram-se livres e não se sentem confortáveis sob os rigores da lei e das regras. Por causa disso, mais do que qualquer outro elfo, um elfo negro tem fortes tendências a tendência Caótica. Eles não possuem quaisquer tendências no eixo moral, podendo haver tanto feidarashes bons quanto maus.
  • Tamanho. Os elfos negros são considerados criaturas Médias, e medem entre 1,6m a 1,8m.
  • Deslocamento. Você possui um deslocamento terrestre de 9m (6 quadrados).
  • Maldição Sidhe. Como uma ação você pode amaldiçoar um alvo a até 9m que você possa ver com o poder dos senhores feéricos. O alvo deve realizar um teste de resistência de Carisma, CD 8 + seu valor de proficiência + seu modificador de Carisma. Em caso de falha, o alvo sofre, até o fim do seu próximo turno, uma penalidade nas jogadas de ataque, dano, testes de atributo (ou perícias) e testes de resistências igual ao seu valor de proficiência. Caso o alvo seja bem sucedido, você não gasta o uso da Maldição Sidhe (podendo tentar novamente uma próxima vez se desejar). Criaturas imunes a efeitos de encantamento não podem ser afetadas.
    • Uma criatura afetada pela Maldição Sidhe não pode afetado novamente pelas Maldições Sidhe de todos os feidarashes durante 24 horas.
    • Depois de afetar uma criatura, você deve realizar um descanso longo antes de poder utilizar esta habilidade novamente.
  • Treinamento de Armas Feidarash. Você tem proficiência com rapieiras, espadas curtas e chakrams*.
*1d6 cortante; 8 PO; 0,5 kg; propriedades: arremesso (distância 9/36m), finesse, leve.

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